A pesquisa se desdobra em afrografias das memórias culturais negras em Fortaleza, que busca investigar as confluências entre giras de religiões afro-indígenas-brasileiras e festas negras-periféricas, tendo como pontos de partida a Festa Crioula e o Terreiro Zé Pilintra das Almas. 
O objetivo é compreender como esses espaços se firmam como territórios de resistência, espiritualidade, coletividade e afirmação identitária. A proposta surge da urgência de garantir que futuras gerações afro-indígenas-cearenses possam escrever sua própria história e tenham comprovações de suas existências, evitando que memórias pós-coloniais sejam apagadas ou distorcidas. 
As imagens carregam potência individual e coletiva, capazes de acionar lembranças e fortalecer identidades. Mapear, fotografar e organizar essas memórias festivas e espirituais é um gesto anticolonial, uma estratégia de sobrevivência diante do racismo estrutural. As festividades negras e indígenas emergem como espaços de enraizamento cultural e espiritual, onde o lazer também é ritual, cura e resistência. 
Esse trabalho pretende democratizar o acesso a esses registros, criar um acervo e firmar memórias, contribuindo para a preservação ativa do patrimônio imaterial afro-indígena-cearense, celebrando rituais, danças, músicas e corpos em sua beleza, liberdade e potência.

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